Naquela tarde em Paris tinha visto, no centro Pompidou, uma grande exposição André Breton, mero pretexto, de facto, para uma amostra de imagética surrealista como raramente se vê num sítio só. Tinha sido acompanhado pelos amigos na casa dos quais vivia, um jovem casal, misto em mais sentidos, visto que reunia duas raças, duas religiões e duas artes, e sobretudo, duas fisionomias extremamente contrastantes. Tinha guardado o rosto dela reflectido no vido dum Delvaux e parecia ser mesmo de
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